Adônis Hart
A noite parecia ter se tornado um pesadelo para mim. Enquanto ajudava Pietra a descer do carro, eu sentia o peso de todas as decisões erradas que havia tomado até aquele momento. O beijo. O toque. Meu Deus, como eu pude ceder àquele impulso?
Ela resmungava algo incompreensível, tropeçando em cada passo, e eu a segurava com firmeza, sem chance de deixá-la sozinha em casa. Aquela garota que me provocava a cada segundo não estava em condições de cuidar de si mesma.
— Ei, eu quero ir pra casa — murmurou, a voz embargada pela bebida e pela exaustão.
— Você não tem a mínima condição de ficar sozinha. — Minha voz saiu firme, mas minha mente estava em um caos. — Vou cuidar de você. Quando estiver melhor, levo você para casa.
Ela bufou, teimosa, mas não resistiu quando a guiei até minha casa. Minha mãe provavelmente já estava dormindo; o relógio passava da meia-noite. Ao atravessar a porta com Pietra, senti uma pontada de preocupação. Não era apenas sobre o que ela faria ou diria,