Estou esperando, quase segurando a respiração, só esperando ele soltar a bomba de que nosso amor é impossível, que somos meio-irmãos e blá blá blá...

— Decidimos, depois de muita discussão, que não vamos proibir o amor que vocês sentem um pelo outro. — papai suspira, passando a mão pelos cabelos, um gesto típico dele quando está tentando manter a calma. Pelo jeito, essa decisão foi mais da minha mãe do que dele, o que já me diz bastante.

— Mas quero que vá com calma. — Ele continua, com aquele tom de quem está dando um aviso sério. — Não quero te ver machucada. E, como ele é meu filho, eu também não quero que, no futuro, as coisas fiquem ainda mais estranhas dentro de casa, caso vocês não fiquem juntos.

Eu mal acredito no que estou ouvindo. É como se, de repente, todo o peso que estava nas minhas costas tivesse desaparecido. Sinto uma alegria tão grande crescendo dentro de mim, um alívio tão intenso, que quase me dá vontade de rir. Mas eu só consigo sorrir de orelha a orelha enquanto