Quando ele finalmente sai do meu quarto, sei que seu próximo destino é o quarto do Lucca, que fica logo ao lado do meu. Não consigo evitar — a curiosidade me consome. Eu me levanto devagar, tentando não fazer barulho, e nas pontas dos pés descalços, caminho silenciosamente até a porta do quarto de Lucca. A porta está fechada, mas eu encosto o rosto nela, pressionando meu ouvido contra a madeira, tentando captar o que eles estão dizendo.
A voz do meu pai é a primeira que ouço, baixa, mas cheia de culpa.
— Ela me contou o que aconteceu. Desculpa por explodir daquele jeito, eu... — ele começa, a voz dele embargada, como se estivesse realmente arrependido.
Sinto meu coração apertar ao ouvir isso. Meu pai raramente perde o controle, e vê-lo se desculpando daquele jeito é estranho, mas ao mesmo tempo reconfortante. Ele está tentando entender, e isso significa muito para mim.
Minha mente corre em mil direções, tentando imaginar o que eles vão dizer a seguir. Embora eu sinta o coração dispara