Meus olhos castanhos, iguais aos da mamãe, recaem sobre papai, que parece triste, e arrisco dizer que um pouco decepcionado também. É como se o ambiente tivesse mudado de repente; a satisfação que eu sentia agora dá lugar a uma preocupação crescente. E se Lucca não conseguir mudar? O que isso significa para a nossa família?
— Desculpe por hoje, papai! Eu tentei que as coisas saíssem bem! — falo com a voz baixa, mas mantendo a firmeza nas palavras. Sinto que preciso expressar meu arrependimento, mesmo que o dia tenha sido uma verdadeira montanha-russa.
— Tudo bem, filha, eu sei. — Ele me responde, e há um calor na sua voz que traz um pouco de conforto.
Ele se levanta e, antes de sair, beija o topo da minha cabeça e dá um selinho nos lábios de mamãe. É um gesto simples, mas cheio de amor. Depois, ele se retira, subindo as escadas da nossa grande casa em passos firmes, mas lentos. Sinto um nó se formar na minha garganta ao vê-lo assim, tão pesado.
— Ele está triste! — comento, um pouco i