— Para onde estamos indo? — pergunto, meio perdida, já que ele não me deu nenhum destino específico até agora.
— Pensei que você fosse a guia — ele responde, se ajeitando no banco, como se estivesse completamente relaxado, diferente de mim, que ainda estou tentando não surtar no meio desse caos de trânsito.
Eu ia retrucar, mas antes que possa dizer qualquer coisa, ouço um som estranho. Conheço esse barulho, mas não consigo identificar de imediato o que é. De repente, um cheiro forte e completamente estranho invade minhas narinas, e eu me viro rapidamente para ele, com os olhos arregalados. E lá está ele, com um cigarro estranho entre os dedos, tragando como se estivesse na paz de uma praia deserta.
— Ow, ow, ow! Não fume aqui dentro! Você esqueceu que esse é o carro do papai? — falo, quase em pânico, já imaginando o cheiro impregnado nos bancos de couro e papai me matando lentamente por isso.
Ele nem me olha, como se eu fosse uma mosca zumbindo ao lado dele. Encosta a cabeça no banco,