As horas passam, e eu me viro no colchão fofo que foi colocado no chão ao lado da cama da Taty. Respiro fundo, tentando, a todo custo, enviar uma mensagem para o meu cérebro: “Ei, você aí, desliga! Eu preciso descansar!” Mas parece que meu cérebro não está nem aí para as minhas vontades.
Não consigo dormir. Pode ser o colchão que é mole demais, ou talvez o fato de ter um gato peludo deitado em cima de mim. O Snow, o gatinho da Taty, é uma fofura, mas nunca tive um contato tão próximo com um animalzinho de estimação. Ele parece decidido a se aconchegar na minha barriga como se eu fosse uma cama nova e macia. Ou talvez seja só o fato de que estou em um lugar estranho.
As únicas vezes que dormi fora de casa foram na casa da Jojo, e foram apenas duas. Mas a Jojo eu conheço desde pequena, enquanto a Taty, bem, a conheço há pouco tempo. É como se meu corpo estivesse em modo de alerta, meio que dizendo: “Ei, você não está na sua zona de conforto!”
Decido dar uma espiada no meu celular e vejo