O silêncio que ficou após a fuga do Conselho era pesado como ferro derretido. Somente o som distante de Rocco arfando e o choro fraco dos bebês preenchia o salão devastado.
Elvira tentou respirar fundo, mas o ar parecia doer no peito. Sua cabeça latejava, e o mundo girava como se o chão estivesse deslocado. Os dedos tremiam quando ela se apoiou na parede quebrada, puxando o próprio corpo para frente.
“P-Peter…” ela sussurrou, a voz arranhada, mal reconhecível.
Lentamente, ela rastejou. Os joelhos batiam no chão frio, e cada movimento parecia puxar mais ainda a dor do golpe que a lançara contra a parede. A visão ia e vinha, nublada. Mas o único foco era ele.
O delegado estava caído alguns metros à frente, o corpo largado, a respiração curta… e sangue. Muito sangue.
Quando Elvira se aproximou, uma onda gelada percorreu suas costas. O colarinho da camisa dele estava completamente encharcado, e ao lado do pescoço, dois buracos profundos de onde o sangue ainda escorria. Não eram meros furo