Edgar Não acredito que fui longe demais com a garota. Nicole é inocente de tudo, eu adoro implicar ela de que somos namorados. Mas mesmo negando, uma parte de mim quer algo sério com ela. Droga, estou me acostumando com essa garota, e ao perceber que ela e minha vizinha tem a mesma voz. Eu confirmei que Nicole é a vizinha de baixo que tem raiva de mim, mas ela não sabe que o Edgar da faculdade é o seu vizinho. Ela vai enlouquecer quando souber disso, e aí sim, ela não irá fugir de mim. *** Após sair do apê dela, subo ao meu andar bem devagar. entro trancando a porta e sento no sofá pensando em tudo que está acontecendo... Que droga! EU JURO que não entendo esses meus sentimentos, eu não posso gostar de verdade da Nicole. Digo a mim mil vezes e penso em algo para tirar ela da cabeça, vou em casa noturnas, pegar algumas garotas, só assim para relaxar e beber também. Tenho certeza que aquela gangue que está me procurando não vai barrar mais aqui. E tenho que dar um jeito em eu e m
Nicole Edgar sai do meu quarto, e eu fico confusa sem entender o que acabou de acontecer. Isso foi tão inesperado, será que eu deveria investigar? Saber como ele descobriu sobre onde eu moro, ou quem eram aquelas pessoas que estavam no corredor do apartamento mais cedo? Porque tudo isso foi bem estranho, admito. Ao pensar nisso, começo a guardar os utensílios que usei para fazer os curativos em Edgar, e me lembro daqueles momentos constrangedores.. — Aquele …. doido…! Fico envergonhada só de pensar que poderia ter acontecido alguma coisa, aquilo foi muito arriscado eu nem conheço ele.. talvez eu realmente devesse investigar sobre a vida dele.. Agora que ele sabe onde eu moro, fico um pouco preocupada com isso ,ele é meio sem noção, e muito misterioso também, tenho que tomar cuidado com ele. Suspiro fundo e vou para a cama, como era tarde, preciso muito descansar, hoje foi um dia e tanto.. Ao me deitar, começo a pensar sobre o que eu deveria fazer sobre a questão financeira… pr
PrólogoEu costumava viver com meu avô paterno, Timóteo. Nossa casa ficava no interior do estado de Madrid, um lugar super tranquilo, só nós dois na maior parte do tempo. Meus pais se foram quando eu era bem pequena, então o vovô cuidou de mim. Nunca mantive muito contato com o resto da família, assim como ele, que escolheu se afastar após perder sua amada, a vovó Felicia.Mas, sabe, meu avô estava lutando contra uma doença pulmonar terrível, fazendo tratamento médico e tomando montes de remédios, mas a situação só piorava a cada dia. Até que no final do ano passado, quando fiz 18 anos, ele nos deixou. Foi triste para todos, mas para mim, foi como perder tudo. Ele era meu mundo, e aquilo foi devastador.Depois do funeral, voltei para nossa casa no interior, mas aquilo já não era o mesmo. Estava sozinha, e isso me deixou arrasada. Então, tomei uma decisão: mudar para um lugar novo, começar uma vida diferente, tentar fazer amigos e viver de outra maneira. Como a casa estava no meu nome
Pego a chave e, para minha surpresa, a fechadura estava realmente difícil de abrir. Quase fiquei estressada tentando forçá-la, mas depois de algumas sacudidas na porta, finalmente consegui abri-la. Devagar, abri a porta, e mal podia acreditar que aquele lugar seria minha nova casa.Da entrada, consegui ver a pequena varanda que estava conectada à cozinha. Na sala, havia dois sofás e uma pequena mesa de centro. Uma prateleira de madeira aparentemente antiga ficava ao lado da porta. Entrei e fechei a porta atrás de mim, colocando minhas mochilas no chão antes de correr para a varanda e contemplar a vista.Não era a vista mais espetacular, mas era incrível poder observar tudo dali. Havia uma praça próxima ao prédio, o que tornava ótimo para observar a movimentação. Porém, ao olhar para baixo, pude ver a varanda do Sr. Lúcio e da Dona Elizabeth. Eles não estavam em casa, mas me senti meio exposta. Já que eu podia ver a varanda deles, o morador do andar superior também poderia ver a minha
EDGAR.Foi uma bela hora para aquela mulher me ligar, a dona da kitnet, aquela senhora irritante. Droga, agora uma garota vai se mudar para o andar de baixo, eu moro no terceiro, e a inquilina ficará no segundo. Já não suporto aqueles velhos do primeiro andar perturbando a minha paz, e agora mais uma para estragar a diversão. Puta merda! Desligo o celular com raiva e o jogo na cama. Puxo os cabelos com frustração, mas assim que me acalmo, o celular toca de novo. Pego o aparelho com irritação e vejo que é meu amigo Felipe. Trabalhamos juntos na mesma máfia há alguns anos, então decidi atender.– E aí, meu camarada. - saúdo meu amigo. Do outro lado, Felipe parece estranhamente alegre para tão cedo de manhã, algo atípico para ele. Cerro os olhos curioso para saber o que ele tem para me contar no começo do dia. – Oi, cara. Como está indo?Tento não pensar na nova inquilina que vai se mudar hoje, e respondo, tentando ignorar essa preocupação.– Estou indo bem, e você, meu chapa? Tenho q
Nicole.Acordei cedo no outro dia, mal consegui dormir na noite anterior... Tenho certeza de que dormi apenas duas ou três horas, meu corpo está um caco, me sinto ainda mais cansada, tudo por causa daquele sem vergonha.Não acredito que aquele maldito vizinho fez aquilo na noite passada, e ainda por cima daquela altura. Fico com raiva só de lembrar...— É melhor eu me levantar, tenho muitas coisas para resolver hoje... — Pensei alto comigo mesma, dei um pulo da cama e a arrumei, deixando tudo dobrado.Fui até o banheiro, lavei meu rosto e escovei os dentes. Ao olhar no espelho, pude ver que estou com olheiras e o rosto bem cansado.— Maldito! — Eu dei um grito baixinho. — Eu vou matar esse idiota! Fico com raiva só de pensar nele. Deve ser um babaca, certeza. Respiro fundo e tento me acalmar. Tenho que focar em organizar minhas coisas hoje.Após lavar meu rosto, vou até a cozinha para arrumar algo para comer. Tudo que tenho no momento é café! Não comprei nada para comer hoje...Suspi
Estou fazendo de novo! Céus….— Tenho que focar!Falo pra mim mesma balançando a cabeça tentando mudar de pensamentos.Abro as batatinhas e o refri, o som da lata de refrigerante faz o garoto notar minha presença.Eu tento não fazer contato visual com ele, mas ele olha diretamente pra mim.Começo a ficar vermelha de vergonha, ainda mais depois de ter pensado nessas coisas.Por um momento quase me engasgo.Dou umas tossidinhas e me levanto.— É melhor eu sair daqui, está muito quente!Penso alto enquanto me abano com a mão.Acho que irei ao banheiro, e depois quando tocar o sinal irei embora, tenho coisas para resolver em casa…Aparentemente a aula de hoje acaba no horário do almoço, então irei embora junto dos outros estudantes.Vou ao banheiro, limpo meu rosto com água, estou vermelha… melhor me acalmar um pouco antes de sair..Após alguns minutos, sai e posso ouvir o sinal tocar, todos estão saindo de suas salas.É melhor eu sair antes, não quero ser atropelada por eles…Fico na ent
Respiro profundamente, buscando acalmar-me. Dou tapinhas no meu rosto, aguardando minha consciência retornar. Todos observam minhas reações, e é melhor eu me levantar.— Tudo bem, Nicole… apenas relaxe... — Digo a mim mesma enquanto me ergo lentamente, minhas pernas ainda trêmulas.É preferível voltar para casa agora, onde posso refletir sobre o que fazer. Olho nervosamente em todas as direções, preocupada com a possibilidade de alguém ter me seguido. Tenho que ser cautelosa, evitando qualquer encrenca. Seguro minha bolsa junto ao peito, fecho os olhos, conto até três e começo a caminhar. Preciso chegar em casa rapidamente e opto por percorrer trajetos mais movimentados, acreditando que isso reduzirá as chances de perigo.Verifico o relógio e percebo que já são cerca de 14:30. Ainda é cedo, mas após o incidente, acho melhor seguir diretamente para casa, deixando as compras para um momento mais tranquilo.Após alguns minutos, chego ao prédio do kit-net e vejo o senhor Lúcio tentando co