Maria Eduarda
Após algum tempo, chegamos em casa.
Não disse uma palavra, apenas abri a porta do carro e saí.
— Espere. — Bati a porta com tudo e o encarei. — Tenho algo para você.
Franzi o cenho e fiquei esperando. Ele desceu do carro e abriu o porta-malas, tirou uma sacola enorme de dentro dele e me entregou.
— Desculpe — disse.
Peguei a sacola das suas mãos e caminhei em direção à entrada da minha casa. Ouvi-o batendo a porta do carro e arrancando com tudo, ele devia estar voltando para os braços dela.
Subi as escadas e coloquei a sacola embaixo da minha cama, não queria ver o que tinha ali dentro e não queria que a minha mãe a visse também. Tirei minha roupa e tomei um banho quente, por estar muito frio. Quando terminei, olhei no visor do meu celular e já passava das duas da manhã, tinha várias mensagens do Dylan.
Depois eu o responderia, qualquer coisa, diria a ele que resolvi dormir cedo, pois não conseguia mais conter as minhas lágrimas. Me enrolei no meu roupão e me deitei na