—Deus! Lola. Você está enganada com André. Sinto que ele realmente está gostando de mim.

Ela sorri de um jeito amargo.

—É? Então ele falou de te apresentar a família dele e de te levar para as festas que frequenta?

—Não. Mas eu o entendo. É muito cedo. Estamos ainda nos conhecendo.

—Estão se conhecendo? Na minha época se conhecer ficava apenas nos beijos e amassos. Vocês já passaram dessa fase, não?

Eu fungo.

—Você sabe que sim.

—Cedo para te apresentar a família dele, mas não para te levar pra cama?

Meu rosto se enche de vermelho.

—Lola! Não estrague tudo com seu ceticismo. Eu me apaixonei por André. E acredito que ele venha a me amar também.

—Então não tem certeza?

—Ah, Lola. Com você não dá para conversar —faço uma careta.

—Tudo bem. Não vou me meter mais. O mal já está feito. É a sua vida, mas depois não diga que não te avisei.

Ela faz uma carranca para mim antes de sumir de vista.

Dois dias depois, quarta-feira.

André

Encaro a tela do Macbook pela centésima vez tentando me concen