E então me afasto, rápido, antes que minha sanidade vá para o inferno de uma vez.
Assim que fica pronto, ela adoça o café para mim exatamente do jeito que gosto e me estende a xícara.
Tomo um gole e, instantaneamente, o acho doce demais.
Dio! Será que ela quer me empurrar para um quadro de diabetes?
Engulo apenas metade, sentindo o açúcar exagerado ainda grudado na minha língua.
—Esta semana será pesada para mim. Tenho milhares de compromissos para colocar em ordem antes de viajar na quarta-feira. Então, estarei fora a maior parte do dia e da noite. Pega leve com ela, está bem?
—Já disse que meu problema não é com ela, é com você.
—Tudo bem.
Deixo a xícara na pia e pego minha pasta. Antes de sair, me aproximo de Lola e deposito um beijo breve em sua testa.
—Arrivederci.
Dou um passo em direção à saída, mas sua voz me detém.
—E quanto às folgas dela?
Me viro com a testa franzida.
—Folgas?
—Não combinou isso com ela?
—Não —digo, pensativo.
—E então?
—Pode ser durante a semana.
—Durante a semana? Por que não no domingo?
Sinto um alerta acender dentro de mim. Lola quer