(Ponto de Vista de Alessio)
— Não, Blair, não vá!
Acordei do pesadelo, encharcado de suor frio.
No sonho, ela estava nos destroços em chamas de um avião, gritando meu nome e estendendo a mão para mim, mas eu nunca conseguia alcançá-la.
O relógio na mesa de cabeceira marcava três da manhã. Eu não dormia há quatro dias seguidos.
— Luca! — Peguei o telefone ao lado da minha cama. — Venha aqui. Agora.
O rosto de Luca estava abatido quando ele apareceu. Ele sabia exatamente o que eu ia perguntar. — Don, as equipes de busca e resgate ainda estão trabalhando, mas...
— Eu não quero ouvir. — Eu o interrompi. — Eu quero o corpo. Eu preciso vê-la por mim mesmo.
— A área de busca é muito vasta, Don. E já se passaram quatro dias. Mesmo que a encontrem... — Ele hesitou.
Minha mandíbula se apertou. — Diga.
— Mesmo que a encontrem, podem ser apenas... pedaços. — Luca engoliu em seco.
O telefone escorregou da minha mão, e eu desabei na beira da cama. Eu não conseguia aceitar a ideia de minha