Aconchegada ao peito de Ricardo me sinto segura, e faz muito tempo que não me sinto dessa forma.
— Limpei a parte do guarda-roupa de Cadu. — Digo olhando para o teto.
— E o que sentiu? — Ele me pergunta, e fico um bom tempo pensando.
— Senti que finalmente o deixei partir. Foram seis anos de sofrimento, dor, vazio e solidão, que foram melhorando após sua chegada.
— Depois de te encontrar também senti que o vazio se esvaiu. Isabella, não podemos ficar nessa situação. Não é prudente para nós ficarmos juntos assim; estamos pecando.
— Sei que você é um homem do passado, mas precisa viver o presente. Não estamos fazendo nada de errado aqui, pois já fomos casados. Tudo bem que foi há muito tempo atrás e estamos revivendo um amor que foi arrancado de nós por conta de uma fatalidade.
Ricardo apenas olha para o teto como se estivesse digerindo tudo que lhe disse, ele olha para mim com um sorriso faceiro nos lábios e me aperta contra seu peito.
— Isabella, você não