Narrador
— E então, tia? Vai deixar seu sobrinho na rua da amargura? — Diego falou com o tom de ameaça de uma pessoa que não estava acostumada a diminuir o custo de vida e sofrer privações de qualquer tipo.
— Eu não posso ajudá-lo, por mais que me ameace, Diego. — Lamentou Amélia. Gotículas de suor se formaram em sua testa por cima da maquiagem pesada, ela estava tensa.
— E por quê? — A expressão debochada de Diego virou uma carranca. A pupila dele ficou minúscula.
— Estou sofrendo investigações por causa de sonegações, e estou com algumas contas congeladas. E lutando diariamente para que a mídia não descubra. — Amélia confessou, a contragosto.
— Eu não tenho nada a ver com isso. — O olhar gélido de Diego revelou. S