Depois daquela conversa, alguns dias se passaram e a tão temida visita dos pais de Rosely realmente aconteceu. Na verdade, sua mãe foi a única a aparecer, acompanhada de suas damas de companhia, e a cada passo dado, desde que passou pela porta, seus olhos fitavam tudo, cheia de julgamento.
Ela nunca havia gostado de interiores, logo sua reprovação era evidente.
Sentou-se diante da filha, esboçando em seu rosto uma expressão irritada ao vê-la usando calças, mas tentou manter sua postura enquanto provava o chá servido pela empregada.
– Pensei que a essa altura você já teria desistido da ideia estúpida de deixar seu noivo – ela disse depois de um tempo, erguendo seus olhos em direção à filha.
E ao ouvir isso, o espanto no rosto de Rosely foi claro.
– Eu jamais voltarei para ele! – ela exclamou firme, o rancor claro em seus olhos.
– Mas, Rosely… – a mãe tentou argumentar, mas foi interrompida pela filha.
– Já chega. Não vamos mais falar sobre isso – Rosely pediu num tom mais ameno, mes