Josh
COM APENAS DEZOITO ANOS, comecei a comandar o império dos meus pais, e agora, com apenas trinta anos, a empresa está acima do estimado. Sou o mais novo CEO de Nova Iorque.
Namoro com Teresa há alguns anos, e sei que ela me ama, mas eu não sinto nada além de gostar do sexo que temos. Ainda não encontrei nenhuma mulher que me satisfaça como ela.
— Josh — Anna, minha secretária, me chama. — Precisamos de uma substituta, não vou aguentar por muito tempo.
— Alguma candidata? — Estamos na minha sala, revisando alguns contratos.
— Sim, aliás você pode escolher a dedo. — Ela ri. — Tem uma tal de Anna, Ashley, Scarlet, Stephany, Abigail, Louise, Mila...
— Espera.
— O que foi?
— Qual o sobrenome da Louise?
— Louise Smith.
— Marque uma entrevista com ela — peço.
— Huuuum. — Anna ri. — Mais alguma?
— Não.
Desde que eu assumi a direção da empresa, Anna trabalha comigo, posso dizer que ela é minha confidente. Sabe que eu não amo a Teresa, mas nunca revelei o nome do meu amor.
Ouvir o nome da Louise, me deixou entusiasmado. Já faz dois anos que não nos vemos, mas a acompanho pelas redes sociais. Por eu ter mais idade e ter a Teresa sempre em cima de mim, acabei tomando o posto de irmão mais velho. Louise sempre se metia em encrenca na escola, só começou a se comportar depois que virou amiga da Claire. Ela namora o meu irmão mais novo, que não liga para a vida e só quer saber de curtição. Ele começou a valorizá-la depois do câncer, pois Louise passava todos os dias ao seu lado. Meus pais ficaram os dois anos aqui em Nova Iorque e só depois que ele melhorou, os dois voltaram para a França. Nunca mais vi a minha pequena do cabelo cor de ouro e olhos castanhos.
No dia que fiz a entrevista para a vaga temporária no lugar de Anna, percebi que a minha paixão por ela estava apenas adormecida.
Meu coração ficou acelerado quando ela se sentou à minha frente com aquela roupa social. Estava muito elegante e quando começamos a conversar, percebi que ela não mudou nada, continua do mesmo jeito, linda, simpática e sorridente.
***
— Então é ela? — Anna entra na minha sala com a boca cheia de bolo.
— Ela o quê?
— O seu verdadeiro amor. — Ela se senta na cadeira. — Nunca vi você olhar pra nenhuma mulher como olha pra ela.
— Desde quando te dei essa intimidade? — Finjo estar com raiva.
— Desde o dia que você tentou me pegar e eu falei que gosto de mulher.
— Ah, é verdade. — Massageei as minhas têmporas. — Me esnobou tanto, e agora vai ser mãe de trigêmeos.
— Não imaginei que a fertilização ia dar tão certo assim. — Rimos.
Anna é casada com a Jess, elas decidiram aumentar a família e, na primeira fertilização, elas engravidaram dos trigêmeos.
— Vai, responda à minha pergunta — ela ordena.
— Sim, Anna. Louise é o meu grande amor.
— Eu sabia. — Parece que ela acabou de ganhar uma batalha. — Viu, crianças? O tio Josh já tem uma nova tia pra vocês.
— Como assim? — Não sei se entendo muito bem o que ela quer dizer.
— Você sabe que não gosto da biscate da Teresa e isso é recíproco. Eu e as crianças amamos a Louise, ou seja, ela vai ser tia deles.
— Vai com calma, Anna. Sei que você não se dá bem com a Teresa, mas ela ainda está comigo. E você nem conhece a Louise direito ainda.
— Mas a Teresa não vai ser a tia das minhas crianças. — Ela se levanta. — Acho que já está na hora de você ir ver a tia Louise — fala, olhando para o seu relógio de pulso.
— Obrigado.
***
Estou aqui, dentro do carro, pensando se desço ou não para falar com a Louise.
Até parece que voltei a ser um adolescente. Toda vez que me aproximo ou falo com ela, meu coração acelerava. Não vou negar que fiquei chateado quando a vi beijando o idiota do meu irmão.
— Esqueça isso, Josh — murmuro para mim mesmo.
Desço do carro e caminho em direção à casa da minha menina, pois era assim que eu a chamava quando éramos mais novos. Não sei que ela ainda se lembra.
Toco a campainha e alguns segundos depois...
— Oi, posso ajudá-lo?
— É Scarlet, não é? — pergunto, assim que uma moça baixinha de olhos verdes abre a porta e me cumprimenta.
— Sim, sou eu. — Ela franze a testa. — Quem é você?
— Josh. Josh Brown.
— Não vai me dizer que é irmão do babaca do Alex? — Ela faz cara de nojo, e eu já gosto dela.
— Sou. — Reprimo um riso.
— Ele não está aqui.
— Eu sei. — Ela me observa. — Eu vim ver a sua irmã. — Ela abre um sorriso enorme.
— Só um pouquinho. — Ela respira fundo e então grita: — Louise. — Sinto o meu ouvido arder. — Entra.
— Obrigado. — Ela volta a gritar. — Comunicação de irmãs? — debocho.
— Se há comunicação melhor que essa, desconheço. — Por fim, ela fala: — É pra você, é o Brown.
— Brown?
— Sim, eu gosto de chamar as pessoas pelo sobrenome.
— Então tá. — Dou de ombros.
Algum tempo depois a Louise desce reclamando do Alex, mas eu perco o ar quando vejo o pijama que ela está usando.
Que porra! Meu pau começa a dar sinal de vida. Consigo ver o seu corpo detalhadamente, seus seios são perfeitos e durinhos, acredito que caibam nas palmas das minhas mãos. Começo a imaginar minhas mãos percorrendo por todo o seu corpo.
Não me orgulho por ter quase a beijado, sei que ela namora o meu irmão, apesar de ele não a respeitar do jeito que ela merece. Não seria do meu feitio aproveitar da sua fragilidade. Sei que é hipocrisia da minha parte dizer isso, pois o que eu mais faço é se aproveitar da fragilidade de algumas mulheres, mas a Louise é uma das poucas exceções.