Franza ergueu as pernas claras e delicadas, usando os dedos dos pés para brincar com a camisa de Charalambos, roçando de forma provocante contra seu peito.
Ela desceu lentamente, até alcançar uma área mais sensível em sua calça, onde começou a fazer movimentos circulares.
Charalambos engoliu em seco, mas não fez nada para detê-la. Ele permitiu que ela continuasse a provocação.
Alguns segundos depois, ele baixou o olhar para a região que já estava visivelmente excitada, agora mais evidente sob o tecido. Seu rosto estava tomado por uma expressão de desejo.
Charalambos segurou a cintura de Franza, inclinou-se e tomou seus lábios de forma possessiva. Eles se beijaram com urgência, e o som das línguas se encontrando enchia o quarto, estimulando os sentidos.
As mãos grandes dele deslizaram por debaixo da blusa dela, desabotoando o sutiã com facilidade. Seus dedos começaram a acariciar a pele macia e quente dos seios dela, que subiam e desciam de forma ritmada com sua respiração acelerada.
Ele movia as mãos em círculos, apertando e massageando, enquanto Franza soltava gemidos suaves, um som que parecia encorajá-lo a continuar.
Não satisfeito com o tecido que ainda o separava dela, Charalambos puxou a blusa dela até o pescoço, expondo os seios. Ele os ergueu com as mãos e abaixou a cabeça, capturando um deles com a boca.
Franza arqueou as costas, empurrando o corpo para ele. Seus movimentos eram sincronizados, como se aquilo fosse uma dança ensaiada.
Eu estava ali, de pé, com os lábios tremendo. Era como se meu corpo tivesse congelado, incapaz de emitir qualquer som. Minha garganta parecia travada, mas meu coração batia rápido, como se fosse explodir.
Minhas pernas finalmente se moveram, e eu me obriguei a sair dali.
No corredor, encostei-me contra a parede. A dor no meu peito era tão intensa que parecia rasgar meu coração. Dentro de mim, minha loba uivava em agonia, refletindo o que eu sentia.
Eu cerrei os dentes, forçando as lágrimas a não descerem. Chorar por um homem traidor não valia a pena.
Respirei fundo, tentando recobrar o controle, e comecei a me afastar. Mas, antes de sair completamente, meu olhar caiu sobre a lixeira. Algo chamou minha atenção.
Meus olhos se arregalaram quando percebi pedaços de roupas e fotos rasgadas no meio do lixo.
Com as mãos tremendo, corri até o cesto e comecei a tirar os pedaços de lá.
O que encontrei quase me fez cair no chão.
Eram pedaços da única foto do ultrassom do meu bebê, a única memória que eu tinha dele. E as roupas... Eram as roupinhas que eu havia comprado para quando ele nascesse.
Ver aquilo destruído fez o sangue ferver nas minhas veias.
Com a raiva dominando cada parte do meu ser, eu corri de volta para o quarto onde eles ainda estavam.
Quando abri a porta, a visão daquelas duas pessoas entrelaçadas na cama me encheu de nojo e ódio.
— Seus desgraçados! — Eu gritei, minha voz ecoando pelo quarto.
Charalambos se virou imediatamente ao ouvir minha voz. Ele puxou o lençol para cobrir Franza e, em seguida, vestiu rapidamente sua camisa, andando até mim com passos apressados.
Ele segurou meus ombros, tentando me explicar com uma expressão nervosa no rosto:
— Francesca, eu estava bêbado! Eu confundi ela com você!
Eu ri, mas foi uma risada fria, carregada de sarcasmo.
Ele tinha cheiro de álcool, mas não estava bêbado. Era óbvio que ele sabia exatamente o que estava fazendo. Mesmo assim, ele ainda tentava me enganar.
Mas isso não importava mais.
Eu ergui os pedaços das roupas e das fotos rasgadas, mostrando-os para ele.
— Quem fez isso? Quem destruiu isso? — Perguntei, minha voz cheia de raiva e dor.