Assim que cheguei no lugar direcionado, desci do carro mantendo a chave no contato e caminhei pelo chão sujo de restos de escombros.
O galpão parecia abandonado há décadas.
As paredes estavam descascadas, todas as janelas estouradas e o cheiro de ferrugem criavam uma atmosfera que anunciava perigo antes mesmo de entrar no prédio abandonado.
O vento assobiava pelas frestas do telhado, e cada passo ecoava como um alerta.
Eu apertei os punhos.
Cada segundo que passava… era um segundo da vida da minha filha.
Empurrei a porta de metal enferrujada, ouvindo-a gemer alto, denunciando minha entrada.
—Ellieeee… — a voz fina e cantarolada de Ashley veio de algum ponto mais ao fundo, como um veneno suspenso no ar. — Achei que não viria. Que mamãe mais dedicada…
Eu me virei, sentindo meu coração batendo no pescoço.
Ashley apareceu entre as sombras.
Ela usava um vestido claro, imaculado, quase angelical — contrastando com os olhos vidrados e o sorriso desequilibrado que se espalhava pelo rosto.
Ela