Por um segundo, eu achei que meu coração simplesmente iria parar.
A voz na linha… não era uma voz comum.
Era calma demais.
Fria demais.
Cruel de um jeito estudado.
—O que… o que você disse? — minha voz saiu como um sussurro sufocado, mais ar do que som.
Rose olhou para mim na mesma hora, como se tivesse sentido o meu corpo congelar.
—Ellie? Quem é?
David, no carro ao lado, devia estar sentindo a mesma coisa através do viva-voz do rádio interno do carro. Sua respiração audível se tornou pura fúria.
A voz continuou, suave e calculista, como veneno derramado na pele:
—Você protege tanto a sua família que eu pensei… Por que não fazer ela sentir na pele a perca de alguém que tanto ama?
Minha mão tremia tanto que eu mal conseguia manter o celular no ouvido.
—O que você fez com a minha filha? — consegui perguntar, sentindo a garganta fechar por dentro. —Onde está Charlie? Quero falar com ela! AGORA!
—Ah, Ellie… — ela suspirou, fingindo pena. — Isso você vai descobrir sozinha. Mas não se preo