O dia seguinte chegou e ao contrário do que pensei, nada parecia ter mudado.
Fora o meu trabalho que parecia me engolir, tudo corria como de costume… até meu celular vibrar com uma notificação.
Era uma mensagem anônima. Sem legenda. Apenas uma foto.
Alex, de joelhos, segurando uma caixinha preta aberta. No meio do nosso restaurante preferido. Ele exibia um sorriso largo no rosto olhando com paixão para a minha meia-irmã.
Já Jenifer, estava completamente superficial com a mão na boca, em um choque teatral.
Como se tivesse acabado de conseguir fisgar o marido da meia-irmã. - E no caso, havia mesmo.
O sangue talhou em minhas veias.
Por um segundo, achei que fosse uma montagem, um delírio, uma provocação barata.
Mas reconheci o ambiente. O piano ao fundo. As toalhas de linho branco. O espumante no balde de prata. Era real.
Olhei as horas. Meio-dia e quarenta. Meu horário de almoço estava prestes a começar.
Peguei minha bolsa, avisei que ia almoçar e saí como se estivesse fugindo de um i