MIKAELA
— O que foi, Mika? Por que você está assim? — perguntou minha mãe, quando estamos voltando para casa.
— Não é nada, mãe, só estou com um pouco de dor de cabeça — minto.
A verdade é que eu estou arrasada. Meu peito dói tanto que até respirar é difícil. Eu imaginei meu reecontro com o Bruno de mil formas diferentes, mas em nenhuma delas eu pensei que seria tão ruim. Eu sempre soube que ele tinha raiva de mim pelo que eu fiz, isso é normal, afinal eu o abandonei no altar, mas nunca pensei que seu ódio fosse tão grande, porque é isso que ele sente por mim: ódio.
Eu voltei para casa e não consegui parar de pensar na minha conversa com o Bruno, ou melhor, no nosso acordo. É ridículo chamar esse desastre de acordo, eu estou completamente ferrada. O Bruno só estava esperando uma oportunidade para me fazer pagar pelos meus pecados, por ironia do destino eu acabei entregando essa oportunidade de bandeja para ele. A nossa conversa fica se repetindo na minha mente como se fosse um pe