— Eu não diria que eu desisti, só que eu aceitei que não vou conseguir dessa vez. — Ela fala calmamente e essa sua reação me incomoda muito.
— Você fala isso assim? Você realmente não tem medo da morte, Mikaela? — Ela negou, sorrindo. Seu objetivo é me irritar.
Minha gargalhada soa alta, nervosa. Minha vontade é sacudir essa mulher com força; ela não pode estar falando sério. Eu respiro fundo, tentando me acalmar, depois puxo uma cadeira e me sento ao lado da cama.
— Quando você ficou doente a primeira vez? —
Ela estreita os olhos quando ouve minha pergunta; morde o lábio inferior; parece se em dúvida se me conta ou não.
— Você não quer resolver as coisas, Mikaela? Eu estou te oferecendo uma chance de falar. Aproveite, seja sincera comigo ao menos uma vez.
— Bruno, eu sempre fui sincera com você. Eu te amo de verdade e sempre te amei. Muito — mais uma vez o som da minha risada ecoa junto ao barulho dos aparelhos médicos.
— Amou tanto que me traiu e ainda foi embora com um ve