30. Convidada de honra.
TOBIAS BERNSTORFF
— Filho está tudo bem? — pergunta o meu pai entrando no meu escritório. Ajeito-me na cadeira e dou um suspiro.
— Como eu pude enganar-me tanto com ela, pai? Como eu não enxerguei o tipo e mulher que tinha do meu lado? — reclamo, melancólico, ao vê-lo sentar-se diante de mim
— Sabe, meu filho, penso que de certa forma você soubesse quem era a mulher que compartilhava a vida contigo. Mas as vezes preferimos ignorar os fatos a nossa frente para manter a harmonia do relacionamento.
Ele fala com uma expressão, de desilusão, como se estivesse a passar por algo semelhante. Mas como? Ele e a minha mãe estão bem. Ou isso também me passou despercebido?
— Está tudo bem com vocês? — ele arregala os olhos. — Você e a mãe, está a acontecer alguma coisa que não sabemos?
— Não se preocupe, filho, está tudo bem. Então já conversou com a sua irmã?
— Sim, falamos, como ela disse “só falo com você porque a Nihara insistiu muito. ” É incrível como em tão pouco tempo ela tornou-se tã