Anos de mágoa.
Traição.
Mas também amor fraternal que nunca realmente morreu.
— Podemos conversar depois? — perguntou Marcus. — Quando você estiver mais forte. Tem coisas... coisas que preciso te contar sobre Marina.
Sebastian assentiu levemente.
— Tudo bem.
Marcus olhou para mim.
— Oliver, cuide bem dele.
— Sempre — respondi sem hesitação.
Depois que Marcus saiu, Sebastian me olhou com uma intensidade que fez meu coração acelerar.
— Você está bem? — perguntou ele. — Fisicamente, quero dizer. Está machucado?
— Algumas costelas machucadas. Cortes e hematomas. Nada grave.
— Oliver — sua voz ficou mais séria. — O que aconteceu no acidente? Depois que... depois que tudo escureceu para mim?
Engoli em seco.
As memórias ainda muito recentes.
Muito dolorosas.
— Você... você parou de apertar minha mão — comecei, minha voz tremendo. — Seus olhos se fecharam e você simplesmente... foi embora. Pensei que havia te perdido.
Lágrimas começaram a cair novamente.
— Os paramédicos chegaram. Eles te res