— Sinto muito — disse ele finalmente.
— Por quê?
— Por não poder corresponder da mesma forma.
As palavras deveriam ter doído mais do que doeram. Deveriam ter me despedaçado.
Talvez eu já soubesse, lá no fundo, enterrado sob camadas de esperança patética, que ele não sentia o mesmo.
— Não precisa se desculpar por isso — disse eu, forçando minha voz a permanecer firme. — Sentimentos não são algo que podemos controlar. Não funcionam assim.
Ele sorriu — um sorriso pequeno, mas genuíno, que iluminou seu rosto cansado.
— Você é mais sábio do que eu em algumas coisas.
— Duvido muito disso.
— Não, é verdade. — Sebastian se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, me estudando com curiosidade real. — O que você vê em mim, Oliver? O que fez você se sentir... assim?
A pergunta me pegou desprevenido novamente, roubando o ar dos meus pulmões.
— Você realmente quer saber?
— Quero.
Tentei organizar meus pensamentos caóticos, tentei encontrar palavras que fizessem sentido.
— Você é...