— O que aconteceu?
— Não deu certo. — Sua voz ficou mais dura, mais fria, mais distante. — Na verdade, foi... desastroso. Catastrófico.
Pude ver claramente que ele não queria entrar em detalhes dolorosos, então não insisti.
— Sinto muito.
— Acontece. — Sebastian se recostou na cama, seus olhos fixos no teto. — Acho que algumas pessoas simplesmente não são feitas para relacionamentos.
— Você realmente acredita nisso?
Ele me olhou diretamente nos olhos, sem desviar.
— Sim.
Havia uma finalidade absoluta em sua voz que me fez perceber que esse era um assunto completamente encerrado, trancado com cadeado.
Na quinta-feira à noite, Sebastian estava quase completamente recuperado, mas ainda um pouco fraco, ainda se movendo com cuidado.
Estávamos assistindo a um filme na sala — algo que nunca, nunca havíamos feito antes — quando ele fez outro comentário completamente inesperado.
— Você sabe que sou irresistível, né? — disse ele com um tom brincalhão que eu nunca havia ouvido sair da sua boca.