— Seus pais... como eles estão? — Sua voz era cuidadosa. — Não os vejo há algumas semanas.
A pergunta me pegou completamente desprevenido, fazendo minha mão hesitar sobre a panela.
— Estão bem. Ocupados, como sempre.
— Talvez pudéssemos convidá-los para jantar. Aqui, quero dizer. — Oliver hesitou, mordendo o lábio. — Gostei muito da sua... mãe. Catherine.
Parei de mexer o risotto por um momento, sentindo algo familiar apertar no meu peito.
— Catherine não é minha mãe.
Oliver franziu a testa, confusão estampada.
— Como assim?
— Catherine é minha madrasta. — Voltei a mexer o risotto mecanicamente, tentando manter a voz neutra. — Minha mãe... biológica era Eleanor.
— Era?
O tempo verbal ecoou no ar entre nós como um tiro.
— Ela morreu quando eu tinha quinze anos.
O silêncio que se seguiu foi devastadoramente pesado, sufocante.
Podia sentir Oliver processando a informação dolorosa, sua curiosidade natural lutando uma batalha feroz contra o constrangimento óbvio de ter tocado em um assunto