Abri os olhos lentamente, estava deitada em uma cama com o rosto voltado para cima, paredes brancas, alguns aparelhos acoplados a parede soltando um ruído agudo. Meu corpo estava pesado, com frio e levemente dolorido. Levantei a cabeça com dificuldade, minhas mãos estavam enfaixadas com sinais de sangue. Meu braço esquerdo estava enfaixado desde a ponta do dedo até o cotovelo. Virei o rosto e minha mãe estava sentada em uma poltrona de couro preta, apoiada em uma grande janela com grades que permitiam a entrada da luz do dia. Minha mãe estava com o rosto inclinado para baixo e os olhos fechados. De repente uma mulher entrou no quarto, com uniforme verde, com uma bandeja nas mãos e algumas seringas. Ela me lançou um sorriso gentil como se estivesse feliz em me ver.
-Olá.
-Oi - respondi.
-Você está sentindo dor?
-Não - respondi.
Ela enfiou a agulha no suporte do soro e jogou um líquido amarelado a substância.
-Iss