Thomas arqueia uma sobrancelha, ainda com o garfo entre os dedos, e me olha confuso, mas logo coloca seu sorriso travesso na cara, outra vez.
- Se estás tão decidida a fazer essa crítica… - ele se inclina ligeiramente para mim - Talvez devesses tentar de novo. Quem sabe, dessa vez, a senhorita tenha uma experiência diferente.
Eu abaixo lentamente minha taça, colocando-a sobre a mesa. Meus olhos encontram os dele, e por um instante o mundo se resume a esse espaço estreito entre nossas cadeiras. É divertido provocar ele e é ainda mais divertido ser provocada por ele.
- Só beijo o que me interessa. - respondo, com um sorrisinho de lado.
- Então estou em vantagem. - seu sorriso cresce ainda mais, agora cheio de presunção - Porque, pelo visto, desperto sua curiosidade.
A química entre nós cresce feito fogo atiçado pelo vento, mas eu foco no meu plano, em Arabelle sentada ali ao lado e das intenções maiores. E antes que eu possa responder, um brinde é anunciado por Arabelle. A voz dela soa