Ele é frio, ela é a brisa do mar. Ele se desapega rápido, ela leva uma paixão até o fim. Ele é cruel, ela é sensível. Ela é explosiva, ele é calculista. Ela é tão natural quanto a natureza, e por sorte ele é o príncipe do vento. Há muitas eras atrás, o mundo era governado pelos portadores, dos quatro elementos fundamentais, para a existência humana. Nomeadamente, o elemento, terra, fogo, água e vento. Cada um desses elementos representa um pilar no mundo, uma hierarquia. Esses poderes afetam a parte masculina da humanidade, deixando para as mulheres, o poder medicinal. Ou como geralmente é chamado, bruxaria. Nem todas as mulheres nascem com esse poder, do mesmo modo, nem todos os homens nascem com esse talento de dominar os elementos. Em contra partida, 70% das mulheres, nascem sem o poder medicinal. Ou simplesmente não consegue despertar. Diferente dos homens, que apenas 30% nascem sem poder algum. Aueles que nascem neutros, geralmente é a parte mas sofrida da populacao, sofrendo descriminacao, preconceito, e em alguns paises inclusive, a pena de morte para quem nascer neutro. A nossa história começa no país do vento, quando o futuro imperador decide escolher uma mulher para se tornar sua esposa. A palavra do príncipe é uma lei, o problema é que nem todas as damas conseguem lidar com leis e muito menos ordens. Amanda ao receber a notificação de que se casaria com o príncipe decide fugir, tendo sua liberdade controlada por um tirano. O que ela não espera é que esse tirano a conheça tão bem, mas do que ela sequer possa imaginar. E, é com essa carta na manga que ele fará todos os possíveis para a ter em seus braços.
Ler mais-- Amanda, para onde é que pensas que vais?- Viro-me lentamente para me dar de cara com a minha prima e fico de costas para a porta. Olha, tu vais só arranjar problemas com a mãe. Ela não gosta que saias para a floresta.—a encaro entediada, afinal, ela sempre diz isso quando quero sair—Amanda, sério. Tu, não devias fazer isso. Não é de bom tom que uma dama fique abanando um arco e flecha de um lado para outro.
Revirei os olhos.
-- Você usa esse vestido feio que rasteja no chão mas nem por isso, e fico reclamando. Ah. Mesmo quando fica inventando avarias para ir a cidade grande, eu não me meto nas suas escolhas. Então eu imploro encarecidamente que faça o mesmo comigo.
Ela ficou chocada com a boca aberta, se movimentando como se fosse falar algo, mas apenas saiu um guincho agudo. Ela apontou-me o dedo e eu arquei as sobrancelhas desafiando a iniciar essa discussão. Ela recolheu o dedo e fechou a boca, emburrada, dei um sorriso convencido e dei meia volta.
Mesmo quando sai de casa, ainda voltei a olhar para trás para ver se ela se atreveu a me seguir. Mas, a única coisa que vejo quando olho para trás é a nossa velha casa rústica, com apenas dois quartos, uma pequena sala, uma porta velha amadeirada e cheia de buracos. Do lado esquerdo está a capoeira, com três galinhas, dois patos e dois cavalos, um de raça e outro normal. Não somos ricos. Para ter um celeiro cheio de compartimentos, por isso que todos os animais ficam no mesmo sítio. No início é uma luta, mas depois eles se dão muito bem. Entro na capoeira para pegar o meu cavalo, meu porque fui eu que o achei, a cinco anos atrás e sou a única que consegue domar.
--Cry, como está garoto.—digo passando minha mão sobre a sua longa crina castanha. Ele recebe o meu toque ao mesmo tempo, que cheira meu pescoço, e puxa meus fios cacheados ruivos. -- Também senti saudades. Aposto que está com fome, não é garoto.—os guinchos dele soam mais alto, ri satisfeita. – bora, arranjar algo para você petiscar.
O tiro da capoeira, logo de seguida o manto. Nossa casa está no meio da floresta, porque, bom porque nós somos neutras. Não temos poderes, e geralmente as cidades grandes e as aldeias estão preenchidas por pessoas que ao menos tenham um poder. Em norma. Numa família, tem de ter ao menos uma pessoa com poder. O que não acontece na minha família, somos três mulheres desprovidas de poder. Querer viver na cidade é o mesmo que colocar um alvo nas nossas costas. Não somos bem vindos, nem bem vistos. Somos uma espécie de cólera. Então é mais seguro se esconder dentro da floresta. É só sair para fora quando necessário. Para comprar roupas, comida, produtos domésticos, ou quando saímos para ajudar minha tia nas vendas. Ou seja, não temos permissão para sair daqui, e temos pouco contacto com o mundo exterior.
A floresta não é assim tão assustadora como as pessoas da cidade do vilarejo pensam. Ela está cheia de maravilhosas ervas, algumas medicinais, outras comestíveis e outras venenosas. Sentei-me debaixo de uma gigante macieira, soltei Cry para que pudesse se alimentar, e beber água do lago. Deitei-me sobre o gramado olhando para as folhas verdes e amarelas. Alguns raios solares queimam o meu corpo, mas nada que me faça sair daqui. Fico encarando as folhas quando me canso, viro de lado e adormeço.
Minha tia não gosta que eu venha para cá por causa dos animais selvagens, isto é, algumas cobras, porco espinho, doninhas, coelhos e insectos. Não estamos falando de uma floresta rica em animais selvagens. Conheço este lugar, com a palma da minha mão, e nunca vi um leão, que pelo que eu sei são comuns no país do fogo, lobo já nem digo, pais da terra, jares, país da água. Ou seja, minha tia não se preocupa por nada.
Eu só venho para aqui, porque eu gosto, eu me sinto conectada com a natureza, eu amo a floresta, e também..., na minha infância brinquei muito aqui, conheci alguém incrível, que mal me recordo. É irônico né, eu tenho um carinho enorme por alguém que talvez já nem se recorde de mim. Eu por exemplo, não me recordo do rosto do mesmo, isso foi há tanto tempo. Tenho algumas recordações dos momentos que passamos juntos, queria ter mais, queria poder encontrar, queria poder saber como ele está. Talvez até já tenha constituído família, enquanto eu continuo presa a lembranças.
Me levanto num pulo e vejo que já está anoitecendo, pego meu arco e flecha, assobio para chamar Cry, que não leva um minuto para aparecer.
-- Bora, caçar, alguns coelhos garoto.—monto nele, para adentrar mais na floresta. -- AAAAAAHHHHHHHH. LA. LA. LA. LA. LA LA. LE. LE. LE. LE. – dou risada, com minha própria maluquice, que funciona, porque os animais desta floresta odeiam barulho. Quando há barulho ficam muito assustados e correm por todos os lados. Tomo um susto quando uma cobra voa em minha direção, me curvo e ela cai no chão. Ela começa a serpentear em torno do Cry, que diferente de outros cavalos, não se assusta, apenas fica fora do alcance da cobra, vejo alguns coelhos saltitando, sem me demorar, tiro meu arco, procurando acertar pelo menos dois.
Algum tempo depois, sai da floresta tendo cruzado com a minha tia, logo na saída da floresta.
--Presente. -- mostro dois coelhos grandes antes que ela comece a ralhar.
- Eu é que não digo nada. Você já é maior, sabe o que faz. – Ela pega os coelhos da minha mão e sai falando pelos cotovelos – duvido que ache alguém para se casar com esse comportamento, mas tudo bem. Quem se importa. Você nem quer casar mesmo.
-- Pensei que não diria nada. -- murmuro.
-- Antonieta. Traga água fervida. Amanda vá buscar os temperos. – ordena sem parar de falar.
Entro na casa pego os tempo e saí às encontrando depenando o coelho. Deixou o tempero de lado e começou a ajudar. Minha tia nos conta sobre como foram as vendas hoje e menciona que está rolando um aviso de que o príncipe vai se casar. Minha tia deve saber quem ele é mas, eu e Antonieta, nunca o vimos pessoalmente, nem a ele nem a família real. Mas enfim, o que isso importa. Somos três pobres mulheres, excluídas da sociedade.
AMANDA.Assim que desperto me deparo com Christopher me encarando, atentamente. Será que ele não dormiu. Porque ele me encara como se eu fosse desaparecer a qualquer momento.Recordo de tudo que aconteceu ontem, e é como se eu tivesse dormido e tido um pesadelo, um pesadelo no qual eu vi Christopher chorando por mim desesperado. Será mesmo que não foi fruto da minha imaginação. Porque ele choraria por mim.-- Vossa majestade ele levantou e se sentou na cama. Então me abraçou do nada.-- Eu estava com medo, Amada—disse me apertando em seu abraço. Pega de surpresa, não sei como reagir.- Pensei que me odiasse. Porque se preocupou comigo.- Como eu odiaria a pessoa que eu mais amo?-- Mas, a Larissa, eu pensei que...—limpei as lágrimas me lembrando das coisas horríveis que ela me disse.-- Você é o amor da minha vida. No instante que tive certeza que você foi sequestrada eu senti um medo que nunca antes senti. Você é tudo que eu tenho. E por minha culpa você esteve em perigo. Te pedir pa
Quando Ricard foi amaldicoado, minha mae tentou se matar diversas vezes e por ultimo apontou a espada sagrada contra meu pai. Minha família estava no fundo do poço e miserável. Não adianta nada ostentar prosperidade se por dentro estamos nos matando. Eu me sentia só. Algumas vezes me pegava chorando, com dúvidas do que fazer. Até que iniciou a expedição e conheci Amanda, aquilo foi como desfrutar de um novo amanhecer, que me chamava para viver de novo. Na primeira vez que nos conhecemos tive a certeza, que seria ela, seu jeito desleixado, sua língua presa e seu jeito bravo. Seus olhos azuis me deram esperança e eu nem sabia porque, até ela liberar meu irmão.Eu me perdi muito, por causa do desespero de ver meu irmão adormecido e estar vulnerável a aqueles que fazem e desfazem da nossa vida. Mas nunca me esqueci dela. Nós somos corações unidos pelo destino. Eu sei que com ela posso ter a alegria que tanto procurei.-- CADE OS MEDICOS.—Derek gritou atrás de mim.Entrei nos meus aposento
Assim que ela saiu, os homens tentaram me segurar, rasgaram meu vestido por completo, meu sutiã e minha calcinha. Me debati. Mordi uns e mesmo com os pés amarrados chutei outros.-- NÃO ME TOQUEM. NÃO ME TOQUEM. NÃO ME TOQUEM.—gritei desesperada. -- NAOOOOOOOO. -- consegue rebentar a corda nas minhas mãos, empurrei o que estava a minha trás e mordi até sangrar o que estava à minha frente.--MALDITA.—o que mordi me deu uma surra que me deixou imovel por alguns segundos.—AGARREM BEM ESSA MULHER.-- ESTOU PERDENDO MINHA PACIÊNCIA, ELA NÃO FICA QUENTE. EU VOU PEGAR MINHA GRANA E DAR O FORA.-- PORQUE NÃO A MATAMOS LOGO, A SINHAZINHA NEM VAI SABER.-- NÃO. PRIMEIRO TÉRMINOS AQUI. DEPOIS DIVIDIMOS A GRANA. Eu quero muito sentir o gosto de uma imperatriz. -- um deles acabou colocou sua mão sobre minha boca me impedindo de gritar. O que falou cortou as cordas em meus pés, e forçou a abertura das minhas pernas ficando no meio de mim.Em seu olhar a desejo e luxuria. E eu a única coisa que cons
Quando voltei à sala, meu pai estava dirigindo a investigação, demonstrando sua profunda decepção para com o ministro que ainda se fantasia de inocente.-- Eles negam todas as acusações. E não a alibes contra eles. Eles estiveram connosco durante todo o cortejo. -- Derek.Derek é como se fosse uma parte consciente do meu cérebro. Quando tudo em mim grita para matar e destruir, ele aparece com a vozinha irritante. Me aconselhando a ter calma e a olhar todos os cantos da moeda. Mas, nesse momento, ele só está me irritando. Sua voz está distante, estou preocupado com Amada. Sempre uso palavras muito cruéis quando estou com ela, tentando disfarçar os meus sentimentos mesclados com a obsessão que sinto. Me sinto seguro quando ela está sob minha proteção e eu sou a única gaiola que pode aprender, mas agora que eu nem sei onde ela está é como se tudo estivesse se quebrando.-- Onde está sua filha?—perguntou.-- Já respondi que não sei sua majestade, juro que não sei. Eu sou leal à família re
Minha mãe sabe que eu uso meus proprios meios para saber tudo o que acontece com Amanda, o rouxinol que eu fiz com o espírito do vento, Amanda gosta de rouxinol amarelo, então achei que seria legal a vigiar com algo que ela mesmo gosta. E funciona. Minha mãe pediu que eu recolhesse o rouxinol até o fim da cerimônia, porque tudo devia ser uma surpresa.A lenda chinesa do rouxinol, conta que o antigo imperador da China, num dia que passeava pelos bosques do sul do império, ouviu um canto do rouxinol. Ele era tão lindo e seu canto fazia as cores ganharem vida e o mundo se tornar mais belo. Encantado determinou que o pássaro fosse capturado e levado ao palácio para que pudesse ouvi-lo cantar em todas as horas do dia. E que os mais hábeis artesãos recebessem os metais mais preciosos e as gemas mais raras, para que pudesse construir a mais rica gaiola que já se viu no mundo. Assim se fez. De frente ao sol, e com uma esmeralda brilhante de várias cores, tudo isso para embelezar o canto do ro
LARISSA.Droga.Eu perdi tudo. Meu pai acaba de me informar que estou correndo riscos de ser tirado o título de concubina e ser oferecida ao capitão da guarda, pelo simples fato de que a imperatriz, não quer que o filho tenha concubinas.No passo ela e o imperador, tiveram vários problemas pelo facto dele ter várias concubinas. Eles se casaram sem se amar, a imperatriz pertence a uma família nobre que serve a muito tempo o império. O imperador, um deus da luxúria. Ele continuava adquirindo concubinas uma após outra, mesmo já estando casado. Sucede que. Quando o Richard cai no encatamento, a imperatriz, entrou em derepressao, tentou se matar varias vezes. Chegou inclusive a apontar a espada sagrada contra o imperador, felizmente ele não se feriu. Por outro lado, ele não a puniu. Foi quando começou todo aquele movimento secreto de escolher uma imperatriz plebéia. Parece que o imperador, descobriu que gosta da sua esposa, então deixou de prestar atenção em suas concubinas e se focou em s
Último capítulo