~Lyra~

Ele não tocou meu clitóris.

Não me lambeu.

Nem sequer me beijou.

Ele só provocou.

Só falou.

Só esfregou aquele pau grosso e cheio de veias no meu corpo encharcado como se soubesse que aquilo me destruiria.

E destruiu.

Ele disse que eu pensaria nisso o dia todo.

Ele disse que eu odiaria isso, porra.

Ele estava certo.

Eu me enrolei de lado, as coxas grudadas pela lubrificação e pela vergonha.

E sussurrei o nome dele.

— Damon...

Nada.

Nenhuma resposta.

Apenas silêncio.

E a dor de não ser o suficiente para ele ficar.

O silêncio me devorou viva.

Eu deitei lá como um maldito fantasma. A pele corada. A cona latejando. Meu peito subindo e descendo com respirações rasas e quebradas enquanto o gosto dele persistia na minha língua como um pecado.

Por que ele foi embora?

Por que diabos ele me provocou daquele jeito. Me tocou daquele jeito. Disse aquelas coisas para mim. E simplesmente foi embora como se nada disso importasse.

Como se eu não importasse.

Eu me enrolei mais apertado no azulejo