— Você faz ideia do que aquilo fez comigo? — Arquejei, com o peito colado ao dele, os olhos em chamas. — Você sabe o que foi ver ela te tocando? Te beijando? Eu senti como se estivesse morrendo. Como se eu não fosse nada. Como se você tivesse me usado e eu fosse só... pela Lua... só um brinquedinho que você manteve aquecido até ela voltar.
A mandíbula dele se travou.
E eu não parei.
— Eu te odiei. — Sussurrei, cravando as palavras como navalha. — Te odiei por deixar ela tocar no que você acabou de preencher. Por deixar ela pôr as mãos no que é meu. Eu te odiei tanto que chorei feito uma garotinha idiota, que entregou o coração a um homem duas vezes mais velho achando que isso ia significar alguma coisa.
A mão dele agarrou a nuca e eu soltei um suspiro trêmulo.
— Eu menti porque você importa mais do que tudo. — Rosnou, com a voz rouca, dilacerada, rasgando o ar entre nós. — Eu menti porque eu não ia conseguir sobreviver te perdendo.
E então eu explodi.
Empurrei ele pra trás. Empurrei co