Tivemos que trazer Feyra conosco para a sede da Ndrangheta. Agora que ela deixou o porão, acho que não seria sensato deixá-la sozinha em nossa casa, cercada por soldados que, apesar de serem leais, ainda não me transmitem total confiança para que ela possa andar livremente pelo local.
O ar pesado do escritório exala o odor doce do tabaco e o aroma pungente do couro envelhecido, enquanto a luz amarelada das lâmpadas cria sombras sinistras nas paredes, como se o próprio ambiente estivesse atento aos desígnios que se desenrolam.
Estou imerso em uma reunião com um empresário do setor de importação, alguém de quem precisamos aproveitar os contatos; sua voz ecoa pelo alto-falante, mas minha cabeça gira em direção a Feyra, que rasteja pelo escritório, seus olhos escaneando os detalhes, a curiosidade exibindo um misto de temor e fascínio.
Luther saiu há meia hora, encarregado de lidar com um problema no nosso bar mais problemático, acompanhado de nossos guardas, Jake e Charles. Dois cães de g