Estava perdendo a calma, já a perdia.
Pôs-se de pé de repente, Davide fazendo-o quase ao mesmo tempo que ela.
—Me desculpo, irei ver o meu filho.
—Te acompanho.
—E deixar os nossos convidados sós e sem a tua amabilidade? —pergunta Chiara, a sua sobrancelha arqueada.
Está molesta, começa a notar-se.
Davide fica calado enquanto Chiara se retira.
Os seus passos quase correm para a cozinha em busca de Ana.
—Senhora, precisam algo? Tudo bem?
—Ana… Não passou nada. Comiam feliz da vida, desfrutam da ceia! Só falta que se riam na minha cara.
—Senhora, disse que ia ajudá-la, me disse que a trataram mal, crê que pôr sal ou açúcar na sua comida é tudo o que podemos fazer? É um jogo de crianças, não somos crianças. Fiz algo melhor.
—Sim? Estou perdendo a cabeça, não posso vê-las ali na minha mesa, como se nada passasse, não posso. Estão na minha casa! Sentaram-se na minha mesa e comem a minha comida, não me agrada, não me gusta como me faz sentir isso. E acabam de insinuar que não posso