—Posso… sair?
Estar ali trancada não apenas a mantinha desesperada por não saber nada de Dante. Também pelos tristes recuerdos do passado, castigos não merecidos e choros que não eram ouvidos.
Ela tinha chorado de maneira silenciosa, para não incomodar ninguém, tinha estado assustada, com milhares de perguntas, tão cheia de medos que conseguiu sentir-se pequena, indefesa, tão sozinha.
Quando aquele homem entrou, Chiara o olhou com cautela, sem poder acreditar nas palavras que ele acabava de dizer. Apoiô as mãos sobre a mesa para se levantar, seu corpo estava meio entorpecido e não tinha pregado o olho a noite inteira.
—Sim, já pode sair. Vieram buscá-la.
—Vieram… buscar-me?
—Sim, está atrás da porta.
Com passos cansados, Chiara se dirigia para a porta, seus olhos começavam a se encher de lágrimas, imaginando Dante atrás dela, vindo ao seu resgate.
Sua mão tremeu ao levantar o braço e abrir a porta.
Atrás da porta havia um homem alto, forte, de cabeleira negra e olhos cinzentos, uma d