O despertar de Dante foi gradual, a consciência infiltrando-se lentamente através do véu da dor que o envolvia.
Cada tentativa de abrir os olhos era um desafio, enfrentando a luz crua do hospital que ameaçava mergulhá-lo de novo na escuridão, na dor.
Finalmente, ao conseguir focar sua visão, as figuras borradas começaram a tomar forma, revelando o quarto estéril de hospital onde se encontrava.
A última memória antes do apagão foi o encontro com Davide, seu irmão mais velho, cujas ações haviam cruzado um limite impensável. A dor que sentia não era apenas física; era uma dor que nascia da traição, da ira e da incredulidade diante da violência de alguém a quem tinha amado e respeitado.
Não importava a distância que havia na relação que tinha com os irmãos, ele os amava, tanto que não conseguia acreditar no que Davide tinha feito: o tinha enviado ao hospital com seu ataque brutal.
Um médico se aproximou, sua expressão séria prenunciava notícias difíceis. Precisava ver um rosto conhecido,