76. Amor paterno.

Caroline Hart.

Entrei em casa sentindo o peso de todos os dias ruins sobre meus ombros. O corredor parecia mais longo, o cheiro do lugar mais forte do que nunca. Cada passo doía — física e emocionalmente. As marcas nos pulsos ardiam. As lembranças, também.

Daiana largou tudo o que fazia na cozinha assim que me viu.

"Meu Deus, menina! Você tá machucada… Vem, senta aqui." Ela me apoiou até a cadeira, os olhos marejados de preocupação. "Vou preparar uma sopa, uma daquelas que curam qualquer coisa, até coração partido."

Tentei sorrir, mas a voz quase não saiu. "Obrigada, Daiana. Acho que é tudo o que eu preciso agora."

Ela passou a mão no meu cabelo, maternal, depois sumiu atrás das panelas. O cheiro de tempero fresco começou a invadir o ar, aquecendo meus sentidos cansados.

Me apoiei na mesa, os dedos tremendo. Olhei para a barriga, ainda pequena, e prometi em silêncio: "Vai ficar tudo bem. A sua mamãe está aqui."

Enquanto esperava, minha cabeça rodava com as imagens do sequestro, as pal
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