18. Instintos em Guerra
Caroline Hart
O cheiro de café fresco preenchia a cozinha enquanto eu mexia a frigideira distraidamente.
Era como se, se eu me concentrasse em algo normal — ovos fritando, torradas dourando — eu pudesse esquecer o que tinha acontecido naquela floresta.
Mas era inútil.
A lembrança da noite anterior ainda latejava sob minha pele.
Os olhos de Damon brilhando no escuro. O som dos passos na névoa. A sensação de ser perseguida.
Fechei os olhos por um segundo, respirando fundo.
Eu estava assustada, e apesar de saber que esse lugar era distante e recluso, eu não esperava tanta loucura.
A mesa estava posta para o café da manhã, mas a casa parecia vazia.
Victor e os outros andavam em silêncio, tensos.
Algo pairava no ar, algo que eu não conseguia nomear — ainda.
Peguei o celular da bancada.
Nenhuma ligação de Zion. Nenhuma nova ameaça.
Era estranho.
Ele, que sempre fora insistente, agora estava… quieto.
Quieto demais.
O que, na verdade, eu deveria agradecer a Damon, se ele estava quieto, é por