Capítulo 49
A névoa se espalhava entre as árvores altas da floresta, dançando como espectros silenciosos sob a luz pálida da manhã. O cheiro da terra úmida preenchia o ar, carregado pelo orvalho frio da madrugada.
Erik correu entre as árvores, seu corpo se moldando facilmente à forma lupina. O vento cortava seu pelo escuro, e ele se entregava à liberdade que apenas a floresta lhe proporcionava.
Sentia a energia vibrante do mundo ao seu redor, mas algo dentro dele permanecia inquieto. Uma curiosidade incômoda o puxava sempre na mesma direção, como se houvesse algo esperando por ele do outro lado da floresta. Contra todas as regras, ele seguiu o instinto, aproximando-se do vilarejo humano.
Foi quando a viu.
A jovem caminhava com passos cuidadosos, carregando uma pequena cesta de vime entre as mãos. Os cabelos castanhos e ondulados se moviam suavemente com a brisa, e sua pele clara parecia absorver a luz matinal.
Ela se ajoelhou diante do altar de pedra coberto por musgo, disposto entr