Capítulo 48
A lua crescente pairava sobre Eryndor como um presságio silencioso. A cada noite que passava, ela se tornava mais intensa, tingindo o céu de um vermelho profundo, um lembrete do destino que os aguardava.
Helena sentia a mudança na energia do mundo ao seu redor. A terra parecia pulsar sob seus pés, como se estivesse viva, como se o próprio reino soubesse o que estava por vir. E, no fundo, ela sabia que não poderia mais fugir.
Mas ainda assim, não conseguia dizer a verdade.
Cinco dias antes do ritual…
Helena se afastou do acampamento antes do amanhecer, os pés descalços afundando na relva úmida. A névoa dançava entre as árvores, e os primeiros raios de sol mal conseguiam penetrar a escuridão densa da floresta proibida. Seu coração batia rápido enquanto procurava as ervas que precisaria para o ritual.
Ela se ajoelhou perto de um grupo de folhas prateadas, passando os dedos delicadamente sobre elas antes de colhê-las. Aquelas ervas eram raras, absorviam a energia da lua e a ar