Capítulo 34
O silêncio do templo era cortado apenas pelo crepitar do fogo da lareira e pela respiração irregular de Erik. Ele havia separado uma bacia com água morna e um pano limpo, os dedos trêmulos enquanto torcia o tecido e o passava delicadamente sobre o ferimento de Helena.
Cada gota de sangue que removia era uma lembrança brutal do que havia feito.
Ela estava desacordada, a febre ainda tingindo suas bochechas de um tom rosado. Seu corpo frágil se mexia levemente, o rosto sereno, como se a dor não a atingisse. Mas Erik sabia que era culpa dele. Ele sentia o peso disso em cada batida de seu coração.
Seu olhar se fixou na mordida profunda em seu braço. O corte irregular, os hematomas em torno da pele ferida... A marca dele. A marca de sua maldição.
Seus dentes rangeram enquanto torcia o pano com força, jogando-o de volta na água ensanguentada.
"Eu não posso protegê-la."
A verdade o atingia como um golpe certeiro. Ele não confiava mais em si mesmo. Como poderia continuar ao lado de