A clareira estava imersa em uma penumbra densa, um silêncio opressor que parecia engolir cada respiração. O ar, normalmente fresco e claro, estava denso com a energia sombria da mulher à frente de Lis, que agora parecia estar mais do que disposta a transformar aquele espaço em um campo de batalha. As árvores, outrora imponentes e majestosas, agora pareciam pequenas e indefesas diante da força daquela presença.
Lis, com o peito apertado pela tensão, sentiu o artefato em seu pescoço pulsando de forma frenética. Era como se estivesse sendo arrastada para dentro de algo que estava além da sua compreensão. O Véu, essa barreira misteriosa entre os mundos, estava mais perto do que nunca de se romper, e ela sabia, no fundo de seu ser, que o que acontecesse agora definiria o futuro de todos ao seu redor.
— Você não pode me deter. — A voz da mulher ecoou, fria e sombria. Ela levantou as mãos, e o céu acima delas pareceu se contorcer, as nuvens ficando mais espessas e carregadas. — O Véu será li