Ponto de Vista de Maria
Eu estava uma bagunça sangrenta — pelo menos Madeline e seus capangas tinham garantido isso.
Foi um pensamento passageiro, que só consegui entreter em um dos raros momentos de descanso que se seguiram, enquanto ouvia o líder dos cirurgiões debater qual seria o próximo passo a tomar comigo.
Por outro lado, seus assistentes estavam usando toalhas limpas para estancar o sangue que vazava das partes do meu corpo que haviam sido maltratadas, e enquanto os observava usar todo o estoque de algodão branco, não pude evitar o sentimento amargo que se instalou em minha garganta.
Meu rosto estava coberto de suor e minha voz parecia arranhada de tanto gritar na última meia hora — resultado de terem inserido objetos de todos os tipos em mim, puxado, cutucado... a lista continuava, e só de pensar nisso meu estômago embrulhava.
Mas não terminava aí.
Estar presa por algemas de ferro no pescoço, pulsos e tornozelos me deixou me sentindo mais violada do que jamais havia me sentido