Ponto de Vista do Samuel
Mal as palavras tinham sido pronunciadas quando comecei a me levantar da cadeira, uma onda quente de pânico me invadindo enquanto eu me virava em direção à porta.
— Para onde você vai? — Michael gritou atrás de mim.
Eu podia ouvir o som da cadeira dele raspando no piso de madeira enquanto ele se levantava e começava a se mover. Não respondi.
Talvez ele estivesse tentando impedir minha saída, pensei ironicamente. Se esse fosse o caso, queria ver ele tentar.
— Samuel! — O homem mais velho chamou novamente, mais urgente e quase irritado desta vez.
Eu já estava quase na porta neste momento, e quando senti suas mãos agarrarem meu bíceps, congelei.
Não foi fácil navegar pelo labirinto dos meus pensamentos e agitação para me conter e não atacá-lo.
De alguma forma, consegui me controlar, e mais tarde isso me pareceria um milagre, já que eu sempre agia por instinto, especialmente quando se tratava de toques não solicitados.
Agora, porém, mal conseguia pensar além da bom