Ponto de Vista de Maria
Um brilho malicioso surgiu nos olhos da Alta Sacerdotisa assim que percebeu que sua declaração havia captado minha atenção. Fiquei paralisada, com a porta meio fechada entre nós, incapaz de pensar em uma resposta enquanto o sorriso traiçoeiro em seu rosto se alargava.
Eventualmente, ela parou de esfregar o pulso que eu havia segurado e deu um passo à frente, como se estivesse tentando entrar. Foi então que voltei à realidade.
— Estou machucada agora. — Disse a ela, endireitando os ombros. — A última coisa que preciso é de estresse, como você provavelmente já sabe. Boa noite, Alta Sacerdotisa.
— Agora você está toda formal e correta só porque mencionei ele, não é?
— Eu não sei do que você está falando.
— Claro que não sabe, pobrezinha. — Disse Vitória.
Algo no tom dela me impediu de fechar a porta pela segunda vez: uma nota de pena que até agora não estava presente. Isso me deixou desconfortável. Ela continuou.
— Você sabe, antes de se tornar nosso Alfa, Samu