Minha cabeça latejou assim que o golpe conectou, e ele cortou meu grito com outro tapa estrondoso, me avisando para manter a boca fechada se eu quisesse que ele pegasse leve comigo.
Eu não acreditava nele, mas estava no modo de sobrevivência e engoli minha respiração para ficar quieta, mesmo enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelos cantos dos meus olhos pelo meu rosto.
— Agora sim, boa garota. — Murmurou Paulo.
Meu rosto latejava, e eu podia sentir minha boca começando a se encher de sangue por ter mordido minha língua.
— Alguém deve ter visto vocês subirem até aqui. — Eu arquejei, tentando manter minha determinação intacta. — Não vai demorar muito até darem o alarme e encontrarem vocês aqui.
O efeito da droga que Gabriel tinha colocado na minha bebida estava começando a passar lentamente. Era um efeito da adrenalina que inundou meu sistema assim que Paulo me atacou.
Meus pensamentos estavam enevoados, mas alcançá-los não era tão difícil quanto tinha sido momentos atrás e, mesm