POV Magnus
O frio da madrugada não deveria me afetar. Eu era o Alfa Supremo. Aquele que comandava legiões com um gesto, que fazia reis dobrarem os joelhos. Mas naquela noite, enquanto caminhava sozinho pelas catacumbas abaixo do castelo, minhas mãos estavam trêmulas — e não era de frio.
Era dela.
O cheiro de Liah ainda impregnava minhas roupas, mesmo depois de dias sem tocá-la. A lembrança da sua pele contra a minha era uma maldição que me assombrava. Eu a havia tomado como fera. Marquei-a. Gemi seu nome entre juras de posse e promessas de destruição. E mesmo agora, eu não sabia se a odiava por me fazer ceder… ou se a amava por ter me quebrado.
As tochas da parede lançavam sombras disformes pelos corredores úmidos. Cada passo ecoava como um sussurro de guerra. Descendo os degraus até o último nível do castelo, onde nem mesmo os sacerdotes ousavam ir, cheguei às portas da Cripta de Sangue.
Ali, os antigos alfas estavam enterrados. Suas vozes, diziam, ainda sussurravam através das