A lareira ainda estava apagada, mas o calor persistia na cabana. Alicia acordou primeiro, envolta no corpo de Kael, sentindo a respiração dele contra sua nuca e o peso do braço dele em sua cintura. Por um instante, ela apenas ficou ali, ouvindo o silêncio que os cercava, tentando entender a tempestade que agora rugia dentro de si.
Ela havia cedido.
Mas não por fraqueza. Não por submissão.
Ela havia escolhido Kael. Havia aceitado a conexão que os ligava desde o primeiro olhar. E, acima de tudo, havia se permitido sentir. Desejar. Amar?
Alicia afastou o pensamento com um suspiro. Ainda era cedo demais para colocar um nome naquele turbilhão.
Com cuidado, ela deslizou para fora do abraço dele, procurando por suas roupas espalhadas pelo chão. A marca ainda queimava leve em sua pele, como uma brasa viva sob a epiderme. Não doía. Mas era impossível ignorar. Como ignorar um pedaço de si mesma que, até pouco tempo, ela nem sabia existir?
Quando se vestiu, virou-se para Kael — que agora a obser