Capítulo LXXXVIII

— Não se mexa. — Ele sai do carro e dá a volta para abrir a porta. O Ryan e sua classe de sempre.

Assim que ele sai, uma brisa gostosa me acerta em cheio. O vento traz o cheiro de maresia e areia quente. Respiro fundo, deixando o ar salgado invadir meus pulmões.

Ryan se aproxima e segura firme a minha cintura com as duas mãos, como se fosse algo natural. Então, me beija. Um beijo calmo, mas cheio de intenção. A maneira como ele me olha logo depois, com aquele brilho safado nos olhos, me desmonta por dentro. Ele sabe disso. Sempre sabe.

Em seguida, vai até o porta-malas e retira algumas toalhas e um saco kraft bem fechado, dobrado com cuidado.

Ele passa a mão pelo meu braço, um gesto suave, e entrelaça seus dedos nos meus, me puxando com calma para a areia. O calor sob nossos pés contrasta com a leveza da brisa. Quando nossas mãos se encontram, uma paz estranha me invade. É simples, mas faz toda a diferença.

Ele escolhe um lugar tranquilo, perto de umas dunas, e estende as toalhas com
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