Minha respiração entrecortada preenche o silêncio do carro, entregando sem pudor o quanto meu corpo está em brasa. Me inclino sobre o Ryan e puxo a pequena alavanca ao lado do banco, ele reclina num estalo, caindo de costas com um leve susto, enquanto um sorriso se forma em meus lábios.
Meus cabelos caem para frente, deslizando sobre seu peito. Pego-o pela gola da camisa, trazendo-o até mim num beijo faminto, com gosto de pressa e desejo. Sinto seus músculos abdominais contraírem, duros, sob o tecido.
— Eu quero você, Ryan.
Seus olhos acinzentados me observam com atenção. Ele me lê, como se ainda ponderasse se me deixaria comandar o jogo. Mas logo sua mão quente sobe lentamente pelas minhas coxas, e eu sinto seu toque como eletricidade viva. Ele me deseja, tanto quanto eu o desejo.
— Você está mesmo pensando em abusar de mim dentro desse carro, senhorita?
— Aqui e agora, senhor. Sem interrupções.
Estamos perto demais, e mesmo sem ver todo o rosto dele, seus olhos dizem tudo: profundos